O Eduardo Miranda, atleta do #teamnewmillen, compartilha sua história no esporte e como lida com a pressão em pré-competição. Fala, também, da sua rotina corrida para conciliar os treinos e de como aproveita para fazer algumas tarefas nos intervalos dos compromissos. É um modelo de disciplina, persistência e foco para seu filho e sua família. Confira sua entrevista:
1. Você está há muitos anos no esporte. Conte-nos um pouco sobre você e sua história.
Comecei em 2009, então, estou competindo há oito anos. Nessa época, competia na categoria Junior até 21 anos. No meu primeiro ano de competição, participei de cinco campeonatos e venci os cinco, incluindo o Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, teria de mudar de categoria e competir na Sênior, onde iria concorrer com atletas mais experientes, por isso decidi ficar fora das competições. Voltei em 2011 e conquistei o Estreantes Paulista na Categoria Sênior até 90kg, Copa Litoral e Copa Work Iron Campeão Sênior até 90kg e Overall em ambos. No ano seguinte, fui para minha primeira competição internacional, o grandioso Arnold Classic nos EUA, conseguindo o 6° lugar. Em 2013, venci o Arnold Classic Brasil. Em 2014, me preparando para a temporada de competições, sofri uma lesão no peitoral e não pude participar. Em 2015, retornei aos palcos e consegui o 3° lugar no Arnold Classic Brasil, ainda na Categoria até 90kg. Com o passar dos anos, ganhei volume muscular e já estava muito difícil de bater esse peso, decidi, então, subir de categoria e fui Campeão Paulista até 100kg. Em 2016, já na categoria pesada, conquistei o título Overall do Campeonato sul-americano. Esse ano, fiquei em 3° no Mr. Universo no mês de junho.
2. Sua rotina deve ser muito corrida, com treinos, trabalho, palestras e competições. Como você concilia tudo isso em 24 horas?
Realmente é muito difícil dar conta de todas as tarefas, confesso que, às vezes, fico com trabalho acumulado, mas o que ajuda muito é ser organizado, resolver pequenas tarefas nos intervalos entre os compromissos e, se possível, estabelecer uma rotina de horário para cada compromisso.
3. Como você conheceu o fisiculturismo? E quando foi que você teve vontade de competir como atleta?
Já treinava musculação e comecei a me interessar pela técnica dos exercícios. Comprava revistas de musculação para aprender e fiquei fascinado com o desenvolvimento muscular dos atletas que ilustravam os exercícios. Comecei a pesquisar sobre fisiculturismo e encontrei uma academia na qual treinavam alguns atletas, então, quando eu vi aqueles caras treinando, soube que era isso que eu queria fazer!
4. Qual a importância da suplementação para o seu treino e para o crescimento que você teve no seu corpo e no esporte?
A suplementação supre algumas necessidades nutricionais que seriam difíceis de conseguir somente com a alimentação, principalmente, hoje, que tenho uma rotina muito corrida. Quando uso suplementos estou garantindo a ingestão adequada de nutrientes, acelerando minha recuperação e melhorando minha performance no treino.
5. Seu filho ainda é pequeno, mas ele já gosta de praticar exercícios físicos? Você incentiva essa prática?
Com certeza! Esporte e exercícios sempre fizeram parte da minha vida e da vida dele. Acredito que deveriam fazer parte da vida de todas as pessoas.
6. Você segue uma dieta nutricional para os treinos e competições. Isso é só com você ou sua família também mantém uma alimentação equilibrada?
Em casa, sempre, temos alimentos de verdade, como carnes, vegetais, frutas e cereais, que são a base de uma alimentação equilibrada, mas não tenho restrições.
7. Quais competições marcaram mais a sua história? Seu filho já participou de alguma?
Em 2016, quando fui Campeão Sul-americano, ele estava lá e subiu no palco junto comigo quando venci.
8. Muitos filhos seguem a carreira dos pais. O que você pensa sobre esse assunto com o fisiculturismo?
Sem dúvida, servimos de espelho para nossos filhos. O fisiculturismo ensina muitas coisas positivas, como disciplina, persistência, controle da ansiedade… É isso que quero que ele leve, pois não podemos induzi-los a fazer o que gostamos, acredito que ele tem de escolher o que realmente gosta.
9. Quais dicas você gostaria de dar para os atletas e praticantes de exercícios físicos que estão começando agora no fisiculturismo?
Sempre repito isso: tenha paciência e seja persistente, pois, assim como qualquer coisa sólida em sua vida, os músculos levam anos para serem construídos.
10. Como você gostar de passar seu tempo livre com a família? Como vai comemorar este Dia dos Pais?
Faço diversas atividades com meu filho, mas entre as que mais gostamos estão cinema, parques e brincar de massinha.