Na busca do físico tão desejado, a inclusão de suplementos alimentares na dieta já faz parte da rotina das academias, sendo os suplementos proteicos os mais procurados.
Os praticantes de atividade física, principalmente, os de exercícios de força, possuem uma necessidade proteica aumentada, uma vez que esse nutriente participa diretamente do reparo de microlesões celulares decorrentes do treino. Diferentemente do que muitos pensam, o ganho de massa muscular não é proporcional ao consumo de fontes proteicas.
As doses que excedem à recomendação não irão promover maior anabolismo, uma vez que os tecidos possuem limites para acúmulo de proteína. Dessa forma, as proteínas não aproveitadas pelos tecidos serão utilizadas como fonte de energia, ou armazenadas no tecido adiposo, em forma de gordura.
Quem nunca escutou críticas de familiares e amigos sobre o seu suplemento proteico? O excesso de proteínas, assim como de gordura, pode causar uma sobrecarga metabólica, bem como prejudicar a qualidade das bactérias intestinais probióticas, visto que a alta produção de amônia durante a digestão proteica compromete a qualidade da microbiota e desencadeia maior crescimento de bactérias patogênicas.
Atualmente, a literatura científica considera a recomendação de proteína para atletas de força entre 1,2 e 1,7g/kg, levando em consideração todas as refeições ao longo do dia. O fato é que a suplementação com proteína, quando indicada por profissionais habilitados, respeitando as doses, individualidades e objetivos do paciente, é segura e promove resultados no desempenho do treino e no ganho de massa muscular.
REFERÊNCIAS
HERNANDEZ, Arnaldo José; NAHAS, Ricardo Munir. Modificações Dietéticas, Reposição Hídrica, Suplementos Alimentares e Drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 15, n. 3, p.3-12, jun. 2009.
TIRAPEGUI, Julio; CRUZAT, Vinicius Fernandes. Bioquímica da Nutrição no Esporte. In: COZZOLINO, Silvia Maria Franciscato; COMINETTI, Cristiane. Bases Bioquímicas e Fisiológicas da Nutrição. Barueri: Manole, 2013. p. 1172-1243.