A alimentação é considerada um fator que influencia diretamente o desempenho e ganho de massa muscular de atletas e desportistas. Para esse público, a dieta requer aporte energético controlado devido a essa alta demanda nas competições e nos treinamentos intensos na rotina diária de cada um.
A principal fonte de energia advinda da dieta são os carboidratos. Com base nos treinamentos exaustivos, ou mesmo na quantidade exacerbada de energia necessária para atender às necessidades desses atletas, é comum uma adequação suplementar de carboidratos, seja na forma de pós, bebidas, géis, barras ou balas energéticas, em diferentes etapas da atividade física. Sua deficiência pode provocar a fadiga muscular, prejudicando significativamente a performance esportiva e diminuição da produção de energia.
Índice glicêmico x Carga glicêmica
Com o objetivo de promover o adequado aporte de energia ao atleta, é preciso levar em consideração o índice glicêmico (IG) da refeição antes e após o treino para adequar a oferta de substrato energético e prevenir a fadiga muscular. Segundo estudos, alimentos com baixo índice glicêmico podem gerar comportamento mais estável, ao longo do exercício, por manter a glicemia em equilíbrio e evitar a chamada “hipoglicemia de rebote”, condição que prejudica o desempenho.
Contudo não só o índice glicêmico deve ser avaliado, mas, sim, em conjunto com a carga glicêmica. Essa é caracterizada como o produto entre IG e a quantidade de carboidrato encontrada na porção do alimento. Tal marcador mede o impacto glicêmico da dieta. Um exemplo disso é que determinado alimento com alto índice glicêmico pode apresentar baixa carga glicêmica e, com isso, não impactar na glicemia em longo prazo.
Atender às necessidades nutricionais de um atleta é mais do que adequar os macronutrientes, é avaliar as combinações relacionadas à qualidade do alimento e como ele atuará em diferentes fases do treinamento, e isso inclui associar o índice glicêmico e a carga glicêmica no planejamento dietético.